sábado, 27 de fevereiro de 2010

cegueira. respiração. dança. olhos fixos nas cavidades internas. olhando para dentro. dentro. implosão. histórias grandiosas de nadas finais. mundo. ou a ruptura demasiado fácil do corpo nervoso. consumo de imagens constantemente mortais na passagem fugaz dos dias. o nada que há-de vir. a violência do que vive. que se insiste na cabeça. quando o livro tem o rosto branco da morte falhada e provoca o vómito. e as vozes se perguntam qual é o teu lugar? e uma fome de terra árida se apróxima da boca. e o ar falta. e as mãos fazem movimentos bruscos para tentarem quebrar os seus limites. merda. alguém um dia descobriu a música. alguém inventou rituais bárbaros. carnificinas. informação. carreirismos públicos no meio da guerra e da desolação. consequência de todas as consequências: morte sustentada. os aplausos finais à barbaridade. e assim gira a crescente caixa dos horrores.

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