domingo, 20 de junho de 2010

depois dizes baixinho para dentro: há que ganhar coragem que a estrada é longa e sinuosa. as imagens não te deixam. são sonhos fantasmas demasiado recorrentes. como uma fotografia antiga que na infância se fazia sempre questão de observar demasiado bem. sempre demasiado bem. as imagens que te assaltam o pensamento. solitário e seco pela estrada fora. umas paragens à beira de portas fechadas. o silêncio. procurar locais altos. voar para lugares inóspitos que sirvam de rasteiras ao pensamento. tudo pela língua.

1 comentário:

  1. há dias tive uma visão. não voei para um lugar inóspito, mas fui lá aterrar. ia de carro. de qualquer forma, o que é importante é que, cheia de movimento, a visão não deixava de ser uma fotografia e de cravar bem cravada uma rasteira ao pensamento.

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