o desespero do tempo esconde rupturas
são máscaras, amor, são vozes estrangeiras
os monstros amargos que se alojam no olhar
depois do caos a calmaria abundante do vazio
alguém sorri no absurdo violento da distância
dizem-se coisas pensamentos sentidos
mostra-se todo o nada ardente nos dedos
edifícios prisões mentais linguagens de sangue
beijos ácidos roubados em escadarias na noite
palavras cuspidas demasiadas abstracções trementes
fugir de poemas socorrer pássaros brancos
vomitar incestos escavar sepulturas cerebrais
nadar numa espécie de inverno rigoroso da vida
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